08/01/2012 - Domingo - 14° Dia 
Iquique
Iquique
Tiramos o dia pra descansar, uma vez que teremos vários dias por aqui até a chegada do cartão. A noite fomos caminhar na Plaza Plat e na  Calle Baquedano, o centro histórico de Iquique. As calçadas e os casarões são de madeira, em estilo inglês, com grandes varandas na frente. Por ser uma cidade portuária a cidade recebeu grandes ondas de imigrantes ingleses e chineses além de espanhóis. A região pertenceu ao Peru por muitos anos e também abriga muitos peruanos. Depois da caminhada fomos jantar num dos muitos restaurante chineses que existem por aqui. 
09/01/2012 - Segunda-feira - 15° Dia
Iquique/Deserto de Tarapacá, Pozo Almonte (Oficinas salitreras Santa Laura e Humberstone), Huara (geoglifos)/Iquique - 180km ida e volta)
Subimos a cordilheira litorânea no sentido oeste e em seguida nos reencontramos com o árido deserto. Aqui na I Região do Chile  (Províncias de Iquique e Tarapacá) o deserto é chamado de Deserto de Tarapacá. Descendo em direção ao sul, quando inicia a II Região, Antofagasta, é que passa a chamar-se de Deserto do Atacama. 
Humberstone  é composta de duas oficinas salitreras,  Santa Laura e Santiago Humberstone, distantes 1,5 km e que deram origem a uma cidade onde, no auge da atividade econômica da indústria salitrera (1933-1940), chegou a ter 3.700 habitantes. Sua concepção urbana inicial correspondia a uma “company town”, que mais tarde recebeu dos ingleses uma influência neoclássica. Com o tempo ganhou  novos melhoramentos que a deixaram com ares mais cosmopolitas e em 1937 a cidade passou a abrigar um teatro com elementos art decó, com capacidade para 800 pessoas. Em 2005 a cidade e seu complexo industrial foram declarados patrimônio da humanidade pela Unesco. Estamos falando de uma cidade fantasma.
É um mergulho na história  da economia chilena e nos diversos reveses da indústria salitrera antes do advento dos adubos sintéticos. No auge da indústria e após a depressão de 1929 o governo chileno investia em propagandas no mundo todo. A indústria salitrera chegou a responder por 80% da arrecadação total de impostos no Chile. Em muitos aspectos o desenvolvimento e auge dessa indústria se assemelha ao desenvolvimento e  auge da cultura cafeeira no Brasil, recebendo diversos subsídios do governo.   
Não seria preciso dizer que por diversas vezes sentimos a presença de “fantasmas” dos que habitaram esta cidade. Para completar o clima de faroeste da cidade fantasma, a administração espalhou algumas caixas de som pelas ruelas que tocam músicas da década de 30. É uma experiência memorável que recomendo. A Valentina brincou que a qualquer momento apareceria o fantasma do “Bééé-to-Ca-rrei-rôôô!!!!”.  
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| Brinquedos infantis | 
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| Clube | 
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| Exposição de brinquedos infantis | 
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| Loja de bebidas | 
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| Banco | 
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| Hotel | 
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| Propaganda do salitre | 
Almoçamos em Pozo Almonte e seguimos para Huara para ver os geoglifos. Há diversas teorias sobre a origem dos geoglifos. Alguns cientistas defendem a hipótese de que eram sinalizações feitas pelas civilizações pré-colombianas pra sinalizar  caminhos e/ou  avisar  diversas ocorrências/oásis. Outros  defendem ainda a hipótese de que os povos pré-colombianos se utilizavam dos desenhos para afastar o inimigo  ou para se comunicar com os deuses. Independente disso as imagens são impactantes.
Em Huara há 90 Km de Iquique há o maior geoglifo de aspecto antropomórfico (que lembram figuras humanas) do mundo. Chama-se o Gigante do Atacama. Mas há dezenas de outros divididos em dois sítios arqueológicos na “Reserva Nacional Pampa del Tamarugal”. O caminho não é sinalizado, o bom é procurar alguma guarida do Parque na região e solicitar um mapa do parque.
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| Gigante do Atacama | 
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