Cuzco /Ollantaytambo - 80 km
Saímos de Cuzco no meio da manhã com destino a Ollantaytambo. No caminho passaríamos por Chinchero, há 30 km de Cuzco, para visitar uma feira indígena com preços mais atrativos que em Cuzco. As cholas pechincham muito e te chamam o tempo inteiro para oferecer seus produtos. Os preços inicialmente são os mesmos que em Cuzco mas depois de algumas negativas do cliente baixam até 40% o que compensa bastante a visita.
Ollantaytambo é a última cidade antes de Machupicchu onde se pode chegar de carro. Daí pra frente somente de trem ou a pé. Não há estrada de rodagem. A cidadezinha é bem pequena, charmosinha e agradável mas e os preços em relação a Cuzco estão em torno de 30% mais caros. Encontramos um hotel pelo booking por US$ 35 o apartamento duplo, Casa de Mama Cusco Valle, há menos de 10 minutos a pé da estação de trem (durante nossa estadia o wi-fi estava inoperante). É uma construção nova e agradável com boa vista para as montanhas a partir do primeiro andar, café da manhã, toalhas e lençóis novos e a cozinha fica a disposição dos hóspedes.
Saímos em busca de um mercado para comprar mantimentos para o dia seguinte em Machupicchu, já alertados de que qualquer coisa para comer e beber lá em cima é muito caro. Mais tarde jantamos e fizemos câmbio. O comércio e até mesmo algumas casas de câmbio ficam abertas até bem tarde para um domingo. É bom estar prevenido para o frio que faz a noite nestas cidades. Temperatura em torno de 10 a 15 graus porém a umidade faz com que a pareça menos.
23/01/12 - 29° Dia
Ollantaytambo/ Machupicchu Pueblo - aproximadamente 1h30min. de trem
Agendamos nosso desayuno para às 5h15 da manha. Chegamos na estação às 5h40min, meia hora antes do embarque conforme orientação da Peru Rail, para pegar o trem das 6h10. A viagem é tranquila e agradável, margeando o Rio Urubamba, em meio a montanhas belíssimas e alguns picos nevados. O percurso somente pode ser feito de trem ou através da trilha inca, 40 km, 4 dias e 3 noites. A compra do ingresso deve ser feita antes de pegar o ônibus para Machupicchu. Em Machupicchu Pueblo os ingressos são vendidos no prédio do Ministério da Cultura, na praça, próximo a Municipalidad. A compra só pode ser feita com sólis ou Visa. É bom estar prevenido com sólis, caso o cartão esteja fora do ar para não perder a viagem. Os ingressos também podem ser adquiridos nas oficinas de turismo em Cuzco.
Águas Calientes (Machupicchu Pueblo) |
O governo peruano através do Ministério da Cultura é quem administra o sítio arqueológico. Tudo é muito caro, da passagem do trem (US$ 70, ida e volta a mais barata), passando pelo ônibus até o topo da montanha onde está a cidade sagrada de Machupicchu (US$ 17, ida e volta), até os ingressos (US$ 50, a interia, US$ 25 estudante (somente com a carteira internacional de estudantes). Alguns serviços, como os ônibus e o trem são terceirizados e outros, como um hotel que fica na porta de entrada da cidade sagrada, funcionam através de concessões temporárias.
Machupicchu/Machu Picchu
A cidade é realmente uma pérola arqueológica, no topo de uma montanha, rodeada por outras montanhas mais altas e belíssimas, que assim como a terra, o sol e a lua eram sagradas para os incas. Estima-se que vivam ali em torno de 500 pessoas. A principal teoria em torno da origem de Machupicchu é a de que era uma cidade sagrada para os incas. Seria uma cidade de peregrinação, onde rendiam homenagens aos seus deuses e realizavam estudos astronômicos entre outros.
Nao há nenhum vestígio da presença espanhola por aqui e nenhum relato escrito sobre a cidade sagrada. A cidade se mantinha através do intercâmbio com Cuzco, a qual era abastecida de coca por Machupicchu. Os incas desconheciam a roda mas desenvolveram um eficiente sistema de estradas. Segundo os guias locais os incas levavam dois dias para percorrer em caravanas os 120 km que a separavam de Cuzco. Já os "chasquis", mensageiros incas e exímios corredores, levavam 13 horas para fazer o mesmo percurso através de um rodízio que consistia em cada um percorrer 8 Km correndo. A cidade está perfeitamente organizada em setores como agricultura, oficinas, local onde entalhavam e cortavam as pedras, praças, área residencial, área de hospedagem, área de trocas, etc. Os incas eram também exímios arquitetos.
A cidade possui vários templos sagrados e um relógio do sol bem acima, estrategicamente posicionado, próximo a maioria dos templos, de onde se tem uma vista de toda a cidade e acesso a praça central. Foram encontradas evidências de que a estrada que levava a Machupicchu foi propositalmente destruída e a cidade abandonada pouco a pouco, talvez na direção da cidade perdida de Vilcabamba, para onde também partiam trilhas e onde foram encontrados os últimos vestígios da civilização inca, na década de 1570.
Relógio do sol |
Relógio do sol ao fundo |
lhamas |
Embora seja um museu a céu aberto e seu acesso caro, não há placas ou explicações no interior da cidade sagrada e o ingresso não dá direito a nenhum mapa o que dificulta bastante a ¨compreensão¨ da cidade sem a ajuda de um guia (US$40 a US$60). Alguns guias fazem tours parcias com o visitante. É bom ficar atento ao mapa em forma de painel que fica na entrada da cidade sagrada e aos serviços oferecidos pelos guias e negociar. Vale a pena levar uma canga para tirar um cochilo em algum cantinho sossegado da cidade sagrada, entre uma caminhada e outra.
Notas de Rodapé
* Guarda-volumes SOL$ 5,00 (passando a catraca há outro SOL$ 3,00); Um frozen de limão mais uma cerveja pequena, SOL$ 24,00
Fotos de Rodapé
lindas as fotos, vc deixou o carro onde para subir na tranquilidade...
ResponderExcluir