RELATOS DE VIAGENS América do Sul




Deixamos aqui nossos relatos de viagens como colaboração à outros viajantes e para expressar o nosso “valeu” àqueles que relataram suas experiências na rede de internet, ajudando os aventureiros a planejar e viajar pela América do sul com mais informação e segurança.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Cuzco e o mal da altitude

18/01/2012 –  24° Dia
Juliaca /Cuzco – 370 Km

Nossa previsão era sair de Juliaca por volta das 10h ,  mas tive fortes dores de cabeça durante à noite e ainda pela manhã  e acabamos saindo às 15h.  Inicialmente não associei a dor de cabeça à altitude elevada e tomei analgésicos que não fizeram  efeito algum.  Pela manhã, além do analgésico masquei algumas folhas de coca e aos poucos me senti um pouco melhor.  “Todos” os quatro hotéis  de Juliaca estavam lotados e ficamos num hostal com cara de hotel: quarto quádruple, com banheiro, sem café da manhã,  SOL$147,00. Juliaca não é uma cidade turística mas não quisemos percorrer 120 km (ida e volta a Puno) somente para dormir, que seria a outra opção.



Durante o trajeto a paisagem abandonou o deserto e o que se vê agora são vários campos e montanhas verdejantes.  Paramos para fazer um lanche na metade  da viagem e todos tomamos chá  de coca. Chegamos em Cuzco por volta das 20h30 e tivemos uma excelente impressão da cidade. A estrada pra quem chega a Cuzco de carro vindo de Puno/Juliaca te deixa  direto na Av. de la Cultura  que passa a se chamar  Av. del Sol próximo ao cento, uma das principais avenidas da cidade. Placas indicavam o caminho  e foi fácil nos situarmos e localizar os endereços de destino que havíamos pré-selecionado. De cara percebemos que se tratava de uma cidade muito atraente, cosmopolita e animada. Há várias opções de hospedagem de SOL$30 a SOL$ 80,00 por pessoa e acabamos optando por dois quartos no hotel San Blas 2 na Calle Choquechaca, no centro histórico,  há poucas quadras da Plaza de Armas. SOL$90,00, cada apartamento duplo.


19/01/2012 - 25° Dia
Cuzco

Impossível não se render a Cuzco, mas, infelizmente, não no primeiro dia. Há 3.500 mt acima do nível do mar não dá pra subestimar o mal da atitude. Dores de cabeça fortíssimas e enjôo me tiraram de combate por um dia inteiro.  Pinho, apesar de um pouco de mal estar se saiu um pouco melhor  e as meninas se mantiveram bem. Os três saíram para almoçar, depois dar um giro na cidade, à noite jantar e eu não consegui sair da cama. Nossos guias de viagem indicavam que o sintoma perigoso é a tosse insistente que pode ser um indício de edema pulmonar. Fora isso a orientação em caso de mal da atitude é a folha de coca e repouso até que o corpo se adapte.


20/01/2012 - 26° Dia
Cuzco

Acordei um pouco melhor mas ainda com um pouco de dor de cabeça. Além do chá de coca no café da manhã,  tomei uma pílula que indicaram ao Pinho.  Finalmente pude aproveitar Cuzco apesar de que, mesmo com o alívio dos enjôos e da dor de cabeça, qualquer esforço físico como subir uma ladeira ou meia dúzia de degraus fazia com que meu coração disparasse. Adotei o “slow motion bossa nova” e me mantive estável. Fomos a Plaza de Armas comprar as passagens de trem de Ollantaytambo para Machupicchu (é como se escreve aqui). Ainda que tivéssemos a intenção de seguir de trem desde Cuzco, este trecho está suspenso até março. As passagens podem ser compradas pelo site da Perurail www.perurail.com



Cusco numa janela de Cuzco




Decidimos primeiro percorrer os museus  de Cuzco antes de seguir para Machupicchu. A intenção é conhecer melhor a cultura inca para aproveitar melhor a visita ao Vale Sagrado. A maioria dos museus e pontos de visitação exige o boleto turístico que custa SOL$ 130 por pessoa e dá direito há 16 ingressos incluindo um show de danças folclóricas peruanas. O boleto é válido por 10 dias. Fomos ao Museu Inca (não incluso no boleto). SOL$ 10,00 por adulto. Manoela de 9 anos free. O museu tem várias salas com exemplares arqueológicos de culturas incaicas e pré-incaicas bastante interessantes. O turismo em Cuzco é caríssimo mas comida e a hospedagem tem pra todos os bolsos. 



Cuzco possui uma arquitetura muito particular. É preciso ficar com os olhos bem atentos porque é comum vermos um prédio, casa, igreja colonial construída sobre  ruínas  incas. 

ruína inca sob construção colonial

lhamas para foto


Um comentário:

  1. Olá, adorei seu blog...
    Estou indo ao Peru em abril, e vou voando de Lima até Cuzco.
    Estou com muito medo do mal da altitude e gostaria de previnir para não passar mal por lá e acabr estragando a viajem.

    Se vc puder me dar dicas sobre isso eu ficaria muito agradecida.

    Meu e-mail é angelicazenato@hotmail.com

    Muito obrigada

    Angélica

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